Pedalando na Chuva

Neste momento, chove aqui. Ontem tomei um "banho" na volta para casa. Hoje precisei usar o carro para ir trabalhar, e provávelmente amanhã precisarei de novo. Detesto usar aquela máquina obsoleta, suja e cara. Mas não posso ir trabalhar molhado ...
Abro este tópico com a intenção de fazer um espaço para "brainstorning", para colocarmos as idéias mais práticas e as mais malucas, procurando a solução deste problema: Como usar a bicicleta todos os dias, independente do humor de São Pedro ???
Faz tempo quero achar um modo funcional de carenar a magrela, fazer dela um "conversível".
Alguma idéia?

Olhem o link:

http://ciclistasanonimos.blogspot.com/2009/08/pedalando-na-chuva.html

Escrevi algumas coisas nos comentários.

Na manhã seguinte que escrevi este primeiro post, na hora de sair, São Pedro deu uma "trégua", deixei a lata-velha na garagem e fui trabalhar de magrela.
No final do dia o "grande sacaneador dos operários" abriu a torneiras, e lá ia eu comprar mais um guarda-chuva (já comprei um dúzia pelo mesmo motivo).
Antes, porém, conduzido pela "intuição" resolvi dar uma passada numa destas lojinhas de 1,99 e encontrei um produto interessante: Uma capa de chuva com capuz, de um plástico fininho, que dobrado cabe dentro de um envelope (custou realmente R$ 1,99).
Cheguei em casa relativamente seco ... Muito melhor que segurando o guarda-chuva numa mão, e o guidão com a outra. Já é solução para voltar para casa, basta ter algumas na gaveta.
Em tempo: Para ir ao trabalho, passo por um caminho muito irregular e deixo a bicicleta no bicicletário aberto do supermercado ao lado do banco. Por estes motivos, no dia-a-dia uso uma bicicleta comum, MB "pelada", nem marcha tem. Se estivesse com a reclinada, teria ensopado os pés ...

Mas a busca continua ... Quero pedalar diáriamente, com sol ou chuva, saindo e voltando seco.
Gostei da idéia do Marciano. Se a pedaleira ficar coberta por um "canoopy aerodinâmico" protegendo os pés, então uma estrutra em compasso conversível, partindo de trás do banco, poderia fazer o complemento para proteger o ciclista. Sendo uma estrutura desmontável, apenas prenderia na bicicleta em dias de tempo instável. Merece análise mais aprofundada.

Klaus,
Para fazer a bolha, melhor usar acrílico (ou policarbonato). O processo de modelagem é por "vacuum forming", ou seja modelagem à vácuo.
Primeiro precisa construir uma caixa hermética, com um buraco em cima no tamanho do diãmetro da bolha pretendida (pode ser oval, ou outro formato). Prende-se firmemente a chapa de acrílico em cima desta caixa, tomando o cuidado de pressionar a chapa firmemente em todo o perímetro do "buraco". Com resistências bem distribuídas o plástico é aquecido até atingir o ponto de moldagem. Neste momento é sugado por vácuo o ar de dentro da caixa - por isso hermética - chupando a bolha de acrílico para dentro. Quando chegar no ponto pretendido, diminui o vácuo e aciona ventiladores em cima para esfriar e endurecer o material. Após é feito o recorte com serra tico-tico manual, e lixado e polido nas bordas recortadas.
Para fazer opaco, aí pode ser de resina. Mas acho que tira um campo muito importante de visão.

Achei o máximo aquela da foto de baixo, embrulhada prá presente.

Um domingão com chuva fina ...
Tirei um tempo para uma adaptação, pensando nos dias molhados. Ficou chamativo, o que não agrega novidade. Mas acho que se encontrar um guarda-chuva destes com a cobertura transparente, começo a chegar perto.
O cabo do guarda-chuva foi modificado para ficar preso na haste do guidão, por um pedaço de cano. Mais ou menos como fazemos com a parte de cima dos guarda-sóis na praia.
Uma imagem vale por mil palavras ...

Klaus,

Eu emprestaria com prazer, porém ele não existe mais. Para desmoldar precisei quebrar.
Mas era muito precário, pois fiz com restos de compensado fino. e além disso, usei o meu biotipo como modelo. Só ficaria bom em alguém com a minha altura e peso (1,68 m x 72 Kg).

O policarbonato ou acrílico, pode ser encontrado em empresas que fazem luminosos para fachadas de lojas. Dá para conseguir retalhos com eles. também podem indicar fornecedores.

Não é pouco vácuo que vai resolver. Soprador também não acho que sirva. O que pode dar bons resultados é resistências de estufas elétricas para o calor, e um motor de geladeira para o vácuo.

Dica:

Para proteger os pés na chuva eu utilizo por cima do tênis aqueles negócios de motoqueiro parece uma galocha tem uma solinha fina mas resistente e é do mesmo material que as calças e casacos para chuva que motoqueiro usa.

Para as mãos e acaba protegendo os trocadores e manetes também, eu uso um protetor de punhos que tu coloca a mão toda dentro, também é para motos, mas fica bem bom, só tem que estar bem frio, pois esquenta bastante. Esse ano nem consegui usar, pois não esfriou muito aqui em Porto Alegre

Oi Pessoal,

Nem li os textos acima.
Mas, me parece pela quantidade de respostas apresenatadas que temos sim, uma demanda por um velomobile para uso diário.
Parece que essa demanda é ainda mais forte aqui no sul, onde há um inverno mais rigoso e chuvoso.

Nesse sentido, me parece que se alguém apostar em um produto desses, pode ter alguns compradores potenciais.

Abraços,

Oi Favaro!

Consegui um banco emprestado com o Paulo Calloni e hoje fiz um teste. Torça comigo que de certo a desmoldagem amanhã, hhehe

Eu passei cera mas não sei se ela é adequada...

Tava pensando que se a gente consegue uma chapa de plástico transparente bem fina mesmo que não seja muito forte a gente pode moldar com o soprador que eu tenho. Ele aquece até 600 graus e até daria para acender churrasqueira com ele se eu curtisse churrasco, hehhe

Esse plástico transparente percorreria só onde é realmente necessária a visão e para o resto resina e fibra.


Eu encontrei uns para brisa de moto que poderiam ficar bem mas 198 pila? Outro tava 170!!



[]!!

Klaus,
A desmoldagem realmente é crítica. Se o molde for bem liso, polido, então umas duas camadas de cera de assoalho, ou automóvel, mais uma camada de álcool poliviníco, fica tranquilo. Mas se não, vai ser como aconteceu comigo: desmoldagem na técnica de "Jack o Estripador".

Lembro que ví uma vez em uma loja de produtos para sinalização e serigrafia, um tipo de plástico flexível e transparente, usado para expositores. Não lembro do nome, mas seria muito prático para construir uma bolha. Ainda acredito que vai ser por esta solução que poderei pedalar na chuva, sêco.
Peças de moto, como aquele para-brisa não são baratos. Queria colocar na minha 002 um daqueles baúzinhos aerodinâmicos com chave, na traseira. Mas os que vi, achei desproporcionalmente caros.

Oi Favaro!!!

Consegui desmoldar o banco,

Eu passei três camadas de cera de carnaúba...

Não foi tão fácil assim, usei o lava jato, heheh e mesmo assim demorou um pouquinho.



Vou fazer um molde em gesso(qual outro material para fazer um negativo?) da próxima vez...

Esse plástico que tu viu pode servir super bem para gente!!!! Foi em Porto Alegre? Vamos atrás dele pois esse projeto de proteção para chuva pode nos render um ótimo kit aerodinâmico também,

Gostei da idéia do jeans. Como a epoxi é completamente transparente, da para pensar em fazer uns efeitos diferentes.
Não foi em Porto Alegre, não. Foi na Serilon, em Blumenau, SC (atualmente moro em Itajaí, SC). Mas já fazem uns cinco anos.
Porém com certeza existe para vender ai, provavelmente em lojas que comercializam produtos para sinalização e/ou serigrafia.

Uma edição de 1974 da revista Mecânica Popular, tratou de veículos à pedal.
Acho que só com este tipo de conceito de veículo, que vou poder pedalar na chuva, indo para o trabalho.

http://www.mimecanicapopular.com/verautos.php?n=692

Mais umas idéias:

http://www.inhabitat.com/2009/08/20/bike-capsule-shields-cyclists-from-stormy-weather/#