Aviso de utilidade pública

Olá, amigos!

Estou montando uma Stratus 700 e vim a saber que a limitação de US$ 500, que faz com que tenhamos que fazer malabarismos pra comprar de fora o que ultrapasse esse limite, se amplia até US$ 3000 se as compras são enviadas através de empresas como a FedEx, por exemplo. Foi dessa forma que mandei vir o banco e o guidom da Stratus que passaram desse limite. O quadro saiu US$ 350  em uma liquidação da Rans + frete de US$ 130= US$ 480.

Tudo isso chegou em uma semana após o pagamento e precisei apenas pagar pra FedEx o imposto depois que chegou através de boleto que eles enviam. Se, em vez de ter comprado direto da Rans, eu tivesse comprado pela Mercado Direto por exemplo (que faz o desembaraço e manda pelo nosso correio), eu teria gasto, no quadro, por exemplo, dois mil reais a mais!!! Sim, pois paguei R$ 2.500 pelo quadro de 350 dólares com imposto e tudo. Simulando pelo Mercado Direto a mesma compra daria perto de R$ 4500.

Aviso isso também porque muitos podem não saber que podem comprar até US$ 3000 sem embaraços.

Olhem só o que existe por aí...

http://sale.bicycleman.com/category/bikes/


Saudações a todos!

Marco Di Martino

Cuidado com importação de bikes usadas, pois há risco de apreensão.

Mordaz escreveu:

Cuidado com importação de bikes usadas, pois há risco de apreensão.  

Bem colocado, Mordaz: se forem usadas. Nesse caso, de posse de uma legislação que não serve a nenhum nobre propósito, há risco do poder público nos prejudicar mais ainda, além da tributação descabida... Mas o link expõe bicicletas novas também, "demo", que nunca saíram da loja, com a qual a Receita, em tese, não poderia implicar.

Marco Di Martino escreveu:

legislação que não serve a nenhum nobre propósito

Até que serve, sim.  Evita que sejamos depósito de lixo dos outros!

Isso me lembra que em 2009 foi proibida a importação de pneus usados.  Será que se aplica também a pneus de bicicleta?  

Mordaz escreveu:

Marco Di Martino escreveu:

legislação que não serve a nenhum nobre propósito

Até que serve, sim.  Evita que sejamos depósito de lixo dos outros!

Isso me lembra que em 2009 foi proibida a importação de pneus usados.  Será que se aplica também a pneus de bicicleta?  

Deve ser aplicado também a pneus de bicicleta, sim. O desgaste do pneu usado facilmente o leva à condição de lixo, mas é preciso ter muita vontade política pra considerar lixo as bikes que estão no link acima. Já as bicicletas chinesas novas vendidas por uma bagatela em redes de supermercados nacionais, por exemplo, sim, têm muito talento pra ser lixo... Falei com gente que entende nas lojas de bike e eles dizem que nem o quadro dá pra aproveitar, mesmo novos, de tão ruins que são...

Não consigo ver mais do que política arrecadatória por parte da Receita. E, no final da história, pra custear um serviço público de retorno péssimo na maioria das vezes e desproporcional à cobrança do nosso IR que, não por acaso, é apelidado de "Leão", de tão predador que é.

Marco Di Martino escreveu:

é preciso ter muita vontade política pra considerar lixo as bikes que estão no link acima.

Ééééé..., podem não ser lixo, mas não as achei tão interessantes. Os preços não estão tão abaixo do valor das bikes novas.

Especificamente em relação às usadas de alumínio, há a questão da vida útil. Alguns fabricantes garantem por apenas cinco anos, e só para o primeiro dono. Em caso de quebra de um quadro, ninguém se responsabiliza.

Pessoalmente, não gosto da idéia de comprar bike usada. Já pensou se o antigo dono era um típico gringo de 120 kg?

Mordaz escreveu:

Ééééé..., podem não ser lixo, mas não as achei tão interessantes.  Os preços não estão tão abaixo do valor das bikes novas.  

Especificamente em relação às usadas de alumínio, há a questão da vida útil.  Alguns fabricantes garantem por apenas cinco anos, e só para o primeiro dono.  Em caso de quebra de um quadro, ninguém se responsabiliza.  

Pessoalmente, não gosto da idéia de comprar bike usada.  Já pensou se o antigo dono era um típico gringo de 120 kg?    

Uma Tour Easy em aço cromo que não chega a US$ 600 e uma Rans Stratus de TITÂNEO que não chega a US$ 3000 são bens duráveis que podem prevalecer por gerações!!! Não há como a proibição de um negócio desses ser um troço justo...

A motivação para o poder público instituir isso aparenta ser o interesse em nos fazer pagar pelo produto novo, pois ele é mais caro e assim a Receita arrecada mais imposto.

Reserva de mercado não pode ser. Nossa indústria não tem interesse e/ou tecnologia pra fabricar esse tipo de produto (também em função da própria taxação que o governo faz). O Zöhrer me explicou coisas que me fazem crer nisso, uma vez em que eu estava querendo ver se alguém fazia um quadro de Tour Easy em alumínio e fiz contato com ele. Aliás, não consegui encontrar ninguém que fizesse o quadro, apenas em aço cromo e por R$ 4000 - o Cardoso Bikes, que o faria pela primeira vez. O Zöhrer até disse que faria se eu conseguisse os tubos específicos em alumínio... Agradeci a predisposição dele, mas da minha parte não rolou... Se quem é fabricante não encontra, eu, que não trabalho com isso, não me senti nem um pouco inspirado pra correr atrás...

Esse tipo de produto  tinha que ter a importação liberada e/ou taxação modesta quando fosse pra uso pessoal em função da dificuldade e/ou impossibilidade de se obter algo concorrente em nosso país... Mas o interesse do poder público, nesse caso, evidencia não satisfazer os anseios dos contribuintes e sim a possibilidade de arrecadar mai$.  

Até mais...