E o Respeito no trânsito? O que sentimos e o que acontece de fato.

Olá pessoal,

Motivado pelo tópico "Coisas que os reclineiros ouvem na rua", e pela conversa que estava tendo com o Artur no final da massa crítica de sexta, resolvi criar este aqui.

Eu tenho a plena consciência que a maioria dos motoristas de carro me respeita no trânsito, vejo pelo meu espelho, que a maioria desvia, abrindo um bom espaço para ultrapassar (mas menor que 1,5m), e na maioria do tempo em que estou andando no trânsito sinto-me seguro, isso andando de reclinada, com a Dahon Curve, a impressão é de um respeito menor, mas ainda assim é a grande maioria.

Problemas:

1) Esse pequena minoria de carros que não respeitam são muitos carros, simplesmente pelo fato de que há muitos carros nas ruas;

2) Tem algumas leis que praticamente nenhum motorista respeita, pelo menos aqui em Porto Alegre, é a faixa de segurança, o limite de 1,5m para ultrapassagem, e a velocidade máxima permitida, quando é possível os motoristas sempre aceleram acima da velocidade limite da via.

Meus sentimentos:

1) No horário do Rush (entre 17:30 e 19h) quando volto do trabalho para casa, eu me sinto pressionado pelo trânsito, devido a quantidade de carros, em alguns trechos.

2) Quanto mais rápido eu ando, mais seguro eu me sinto.

3) Não acho justo, uma pessoa não poder utilizar a bicicleta como transporte e andar a 15km/h em uma avenida de fluxo alto no horário de pico, pois a maioria das pessoas que utilizam bicicleta para transporte não andam mais rápido que isso, e nessa velocidade o trânsito torna-se muito mais ameaçador, e nesse ponto quem diz que os motoristas não respeitam o ciclista, têm toda a razão.

4) Pelo fato de andarmos numa velocidade maior, todo equipado com luzes, capacete, e roupas mas chamativas, adquirimos um respeito maior no trânsito, e além disso a reclinada, sendo maior e diferente também o consegue.

5) Que tem muita gente de bicicleta que não obedece as leis de trânsito, tem, mas o trabalhador mais humilde que utiliza sua bicicleta velha, mesmo estando mais sinalizado e respeitando as leis, por andar mais devagar na via, não é tão respeitado.

6) Pela fragilidade do ciclista em relação ao motorista, é perfeitamente compreensível que os ciclistas se sintam inseguros e assim dá para concluir que utilizar a bicicleta como um meio de transporte diariamente, infelizmente não é para todos, justamente pela quantidade de carros nas ruas e a falta de respeito, mesmo que seja da minoria, pois essa minoria pode matar facilmente ciclistas menos experientes.

7) Para minha tristeza, a bicicleta não pode ser encarada como um transporte para família toda, pelo menos não em Porto Alegre, e acredito que na maioria das capitais brasileiras.

Amigos:

Vou dizer uma coisa que pode chocar alguém:

eu curto um bom congestionamentozinho....

Principalmente se estiver tudo parado. É a hora de maior segurança (não total, pq sempre tem as motos que ocupam quase o mesmo espaço que as bikes).

Quando "eles" estão lentos tb é bom. Tu vais na mesma velocidade ou até mais rápido, às vezes. E aí tu demonstras que a bicicleta é algo respeitável.

O uso da buzina (AirZound = 115 dB):

com moderação. até porque quando tu buzinas, também sofres um "trauma acústico", além de seres um cidadão "barulhento", ou seja, estás poluindo. Porém, uma bicicleta com forte buzina responde a um tipo de princípio segundo o qual é recomendável que a sinalização (no caso sonora), seja diretamente proporcional à fragilidade do meio. Depois, é especialmente gratificante dar aquela buzinada púnica no sujeito que te deu uma fechada proposital (tinha espaço para ele se afastar), especialmente se tu o alcançares posteriormente no congestionamento. Ele não espera que um mero bicicleteiro vai dar aquela resposta de caminhão...

Tenho que interromper para fazer umas coisas e depois continuo.

Abraços!

Raul

Hoje sai de casa três vezes com a Dahon.

Pela manhã até o Palacio da OSPA:




A tarde para dar aula e de noite até o ensaio que na verdade não ia ter, hehe

Eu me senti super bem e fui respeitado no trânsito mas eu também não deixo por menos. Exijo que me respeitem. Faço sinal sempre que um carro se aproxima principalmente em saídas de avenidas e se mesmo assim o cidadão não desvia bem faço um sinal mais claro e se preciso olho pro cara apertando os olhos. Ele não consegue escutar mas eu estou rosnando, arrrrrrrrharrrrrrrrrr hehehehehehee

Fazer sinais faz toda a diferença,

Uma reflexão que tive hoje a tarde:

- A bicicleta é o melhor meio de transporte mas também o mais frágil;
- Existem mas não vigoram leis de trânsito para proteger o ciclista;
- O chão em que um ciclista trafega é tão duro quanto o chão que um motociclista encontraria no caso de uma queda mesmo assim não é consenso usar capacete no caso das bikes movidas a arroz e feijão.
- O único meio de transporte que não sinaliza suas intenções com pisca-pisca é a bike e ela que mais precisa.


Já que eu estava inspirado fiz uma nova plaquinha para por em alguma das bikes: Para que uma coisa de mais de uma tonelada para transportar uma pessoa de 80kg? Vá de Bike, :-)


Outras idéias: .."Você gosta de ficar engarrafado? ¿Não? ¿Não mesmo? Vá de bike, :-)"
......................."A velocidade média da bike é bem maior: Até a próxima sinaleira!!" heheh essa pode soar agressiva mas me diverte, heheh

Cada um cada um mas eu não gosto de congestionamento. Para mim a cultura do automóvel é muito infeliz e me da asco. Gosto de fugir das grandes avenidas. 90% dos meus trajetos consigo fazer por ruas paralelas a grandes avenidas e pego só o trânsito de moradores. Vou mais rápido e não me meto com a chinela cultura de veneração ao automóvel

Sejamos cicloativistas de plantão!!! Uma MC por dia!!!!

Cicloabraços!!!

Pois é, gente... Não engulo esse negócio das bicicletas serem equiparadas aos ciclomotores. É colocar o gato na jaula do leão. Cada um disputando o mesmo pedaço de carne.

Na questão da sinaleira fechada, no meu entender, quem menos corre voa... Aproveito o sinal, não como um sinal fechado, mas como uma placa de PARE, daquelas que acusam: cuide ao atravessar! Paro, olho e, sendo possível e seguro, cruzo. Dou aquele pique pra escapar dos leões que virão atrás de mim, seja trocando de lado da pista ou buscando uma calçada, onde eu sinta a bike mais segura quando o meio da rua é muito ameaçador.

Sei que o pessoal gosta de ter as bikes igualadas aos automotores no trânsito, mas é a nossa diversidade de opiniões que de novo aparece aqui. Não engulo mesmo um mesmo peso pra forças diferentes. Motor contra não motor não é justo!

Abraços

Concordo com o Marco: se dá para passar no vermelho, é mais seguro. Arrancar todo mundo junto é horrível. Até porque a primeira coisa que os motoras vão querer fazer quando abrir o sinal é passar da bike e se não der logo ficarão impacientes.

Outra coisa que faço, mas exige cuidados extras: quando o sinal fecha lá longe, diminuir a velocidade para esperar ele abrir pedalando devagar. Mas cuidado sed não vem atrás um carro que´pode nmão esperar uma bruisca redução de velocidade da bike.

Legais essas fotos com a Curve.

Abraços.

Raul

Pois é, concordo com vocês. Só em algumas situações talvez seja melhor mesmo esperar junto. O que acho essencial é em todo caso ultrapassar com cuidado os carros parados para, se for melhor não atravessar o vermelho, pelo menos largar na frente se não é muito ruim.

Realmente não da para equiparar os dois meios de locomoção.

O que considero legal é como disse sinalizar nossas intenções pois isso é respeitar o motorista que realmente não quer nos atropelar........eu acho, heheh

Abraços!!!!

Bem, como eu gosto de dizer: o importante é chegar em casa vivo e inteiro...

Parabéns pelas fotos Klaus! Ficaram lindas. Ah, aproveita a Curve aí em Natal!

Um comentário offtopic: como a nossa cidade tem lugares lindos! Estes detalhes provavelmente só observa quem não está de carro, pois daí dá tempo de olhar e apreciar o tesouro que temos em Porto Alegre.