Dei meu jeito e fui de bike! Sabará - Santa Luzia - Belo Horizonte

Então, pessoas, arranjei mais uma ótima desculpa para inserir a bike num evento especial!

Neste sábado teve o recital de formatura de amigo meu na UFMG. Ele já era formado em composição, mas fez um segundo bacharelado agora, em violão. Eu já tinha falado aqui um tempo atrás q desejava fazer todo o trajeto Itabira - Belo Horizonte nesta ocasião, mas realmente não deu: me falta conhecer ainda a maior parte do trajeto, e tb me faltou um dia, pois eu precisaria de dois dias pra percorrer mais de 130 km em estradas de terra.

Ou seja, ponto pra Berimbosa e vamos colocar o bambu no asfalto pelo menos em parte do caminho!

Passei a noite de sexta-feira ajeitando uns novos porta-trecos na bike e só fui terminar essa atividade por volta de 01h da manhã:



Decidi pegar um busão cedinho no sábado (six o'clock) e parar no meio da estrada, a partir de um ponto onde imaginei q seria seguro pedalar - e de fato foi. A partida seria, então, de um posto da Polícia Rodoviária Federal, na altura de Sabará, ainda na BR-381 (a da morte):



A partir dali pego um trecho bem pequeno da 381 e acesso uma estradinha de uns 10 km que vai dar em Santa Luzia. Essa estradinha foi muito utilizada recentemente dpois q a estrutura da ponte sobre o Rio das Velhas cedeu e interromperam a passagem. Conheci-a justamente passando de ônibus algumas vezes, e como construíram pontes provisórias pra normalizar o tráfego, parou de ter trânsito intenso nessa estradinha. Assim, era a oportunidade de ouro.

No meio do caminho tinha um caminhão parado q me obrigou a tirar uma foto comigo!



Entrei e saí de Santa Luzia, e pra variar marquei-me na estrada real (já coleciono dezenas de fotos nos marcos da estrada, mas só percorri uma porcentagem ínfima dela):



Chegando em BH, fiz a opção de passar por 3 ciclovias, sendo que 1 é bem antiga, da minha época lá, outra foi inaugurada semana passada, e outra ainda está em obras mas já tem bastante trecho pronto. A primeira delas é a já inaugurada, da Avenida Risoleta Neves:



Nessa hora foi engraçado, pq um dos meninos q estão um pouco à frente, pedalando, veio me avisar q meu garfo tava invertido! Caráleo!! Nunca vi isso ser a primeira coisa em q alguém bota reparo ao ver a bamboorecli!!!

A outra ciclovia foi a antiga, da Avenida dos Andradas, q margeia o ribeirão Arrudas. Recentemente ela recebeu uma pequena extensão para chegar ao novo shopping Boulevard:



E de fato ela acaba no shopping, o q é uma ótima jogada:



Eu já sabia q no shopping tinha um bicicletário, então fui lá conferir e aproveitei pra retocar o filtro solar. São 20 vagas, e devia ter umas 7 bikes. Detalhe q a Specialized do meu lado tava com um Garmin 705 preso no guidão. Enquanto eu estava ali o dono retornou, e eu dei o toque pro cara:



A outra ciclovia, ainda não pronta, fará uma rota grande levando os ciclistas da savassi justamente até a ciclovia dos Andradas - ou seja, até o shopping Boulevard! Cara, esses caras não brincam em serviço! (claro q não é exatamente um 'negócio' pro shopping ser rota de ciclistas, mas vejam q os shoppings vão virando referências de caminho não apenas para os motoristas em seus carros).



E taí o cruzamento, ainda inacabado, com a mais famosa avenida de BH, a Afonso Pena:



Nesse meio tempo rolou seção nostalgia e passei pelo prédio onde morei sozinho por 3 anos, parte do período em q vivi em BH. Claro q o porteiro adorou a ocorrência e não fez nenhuma dificuldade pra minha entrada no condomínio:



Depois passei por uma bicicletaria conhecida, à caça de um cadeado, pois eu corria o risco de precisar deixar a bike trancada por uns instantes longe de mim, mais pro fim do dia. Já tinha ido nessa bike shop mas não tinha reparado, lá tem um jardim falso decorativo q combina muito com meu possante!



Recentemente descobri um restaurante vegetariano q é o lugar perfeito pra eu entrar de bike, pois fica no fundo de um corredor e não tem muito movimento, então entro tranquilo com a bici q fica do meu ladinho. É a terceira vez q almoço lá e tô achando difícil eu mudar de rotina já qparece ser a opção q dá menos dor de cabeça (na verdade não dá dor nenhuma):



Somente nessa hora percebi q havia perdido a tampa de um dos novos porta-trecos! Sorte q não perdi as meias q estavam dentro! No detalhe, a cuequinha tamanho G/GG bem presa dentro do outro porta-treco!



Nessa hora na verdade almocei com um amigo, dpois fui pra casa dele tomar um banho e principalmente tirar a roupa de ciclista e vestir um traje cycle-chic pra ir pedalando pra UFMG, onde seria o recital. Lá guardei a bike num lugar especial:



Esse meu amigo q estava se formando é uma piada, montou um cenário pro recital dele q incluiu uma fotinho dele ainda menino, tocando um pianinho de brinquedo!



Eu fiz todo esse pedal pensando neste momento:



Depois do sucesso do recital fomos comer muito e encher um pouquinho a cara num bar/restaurante ali na região. Isso foi até as 3 da manhã! Terminado, saí pedalando da UFMG até o centro, novamente pro apartamento de um amigo, que foi separado, de ônibus, trajeto de uns 10 km. Somando o q ele teve q andar e esperar de ônibus, acabamos chegando em casa juntos! Isso pq era madrugada e não havia trânsito. E olha q eu estava mortinho (teve duas subidinhas de respeito nas quais quase pedi arrego). Dá-lhe recli!!

O dia seguinte foi passar horas dentro do apartamento, dormindo e comendo. De tarde, rumei pra rodoviária e embarquei no busão novamente. Cheguei em casa de noite e hoje, segunda-feira, como já é praxe, é dia de não pedalar pois os fins de semana são sem descanso de pedal!

No fim, o balanço positivo foi não só tudo ter dado certo no passeio ou o recital do meu camarada ter sido um sucesso, mas também q já me sinto bem desinibido pra pedalar sozinho em BH. Acho q se um dia eu for de bike convencional vai ser a coisa mais à vontade do mundo. De reclinada eu tenho muitos prós, mas reconheço as limitações, e por isso tomo atitudes diferentes das q eu tomaria se estivesse upright.

Passei só um perrengue mais sério , e sorte q foi rápido e não resultou em interrupção do passeio: sabem aquelas telinhas de proteção de obras, geralmente alaranjadas? Pois bem, uma dessas voou pra cima de mim enquanto eu pedalava (no final da mais generosa das subidas de todo o trajeto! ponto #30 da rota do bikemap) e enroscou na catraca, câmbio e freios traseiros!! Eu não tive tempo de me defender pq foi bem em cima de mim e nem dava pra desviar pois, além de tudo, era a avenida mais movimentada do caminho (Cristiano Machado). A roda travou na hora e eu só não caí pq eu já estava lento. Tava muito enroscado e o material é muito resistente, e não vi jeito de arrumar só com as mãos. Entrei em desespero e por sorte tinha uma oficina mecânica por perto, fui lá pedir um alicate, o próprio camarada saiu cortando tudo pra mim, enquanto eu segurava a bike, e dpois de alguns minutos desenroscamos tudo - apareceu até um graveto no meio! Tudo ficou intacto depois e, como era o fim de uma subida, dali pra frente foi descer!

Outras fotos no álbum do Picasa:

https://picasaweb.google.com/102746649843925063608/FormaturaStanley09DeJulho2011#

E a rota percorrida, no bikemap:

http://www.bikemap.net/route/1093195

hola, tchê!
parabéns ao formando!
tua "bagagem" estava toda dentro dos porta-trecos?
e o cara da Specialized, no shooping...quanto tempo ele ficou longe da bike?
eu não ficaria tranquilo se tivesse que deixar a minha sozinha por 1 único minuto
parabéns pelo passeio, ninocoutinho!
abraços.

xamã escreveu:

tua "bagagem" estava toda dentro dos porta-trecos?

então, esses porta-trecos foram bem improvisados, na última quinta e sexta-feira saí catando garrafa de coca cola pela rua hahahaha! Usei quatro garrafas de 2 litros (algumas eram de 2,250 l) pra fazer essas duas ampolas extras. Cada uma deve ter menos de 2 litros de capacidade, ou seja, dá pra levar pouca coisa, tlvz fosse o caso de pegar um sacão e amarrar embaixo do bambu

mas foi bom como teste, aqui eu tenho bastante dificuldade em achar esses galões de 5 litros como o q o klaus usou pro porta-treco oficial, de trás... inclusive, a tampa dele (q é o fundo de um galão igual) havia se perdido na viagem de avião de PoA pra Sampa, e pra achar uma igual foi um parto! Aqui definitivamente não tem, só fui achar em BH.

na bike nova do klaus, eu percebi q ele amarrou três desses galões de 5 litros, ou seja, uns 15 litros de capacidade (sendo q no de trás parece q ele só coloca o reservatório do camelbak)... eu não estava nem com 9 l assim, levei pouca coisa:

- ampola esquerda, tinha só uma camisa polo enrolada e uma cueca;
- ampola direita, uma câmara reserva, um monte de abraçadeirinhas, pilhas reservas, uma escova de dente dentro do estojinho próprio e um par de meias;
- porta-trecão de trás, tinha de tudo: colete refletivo, celular, câmera, carteira, filtro solar, desodorante, pasta de dente, 3 docinhos de banana e 3 paçocas, chaves de casa.
- bolsinha de quadro preta, q vai em pé num dos stays do assento, vai outra câmara reserva, bomba, espátulas, kit remendo, canivete multiuso e uma chavezinha de boca pra fixação do assento (q graças a deus nunca mais precisei usar!)

Dessa forma, na casa que me hospedou precisaram me emprestar toalha, calça jeans (pois queria ir cycle chic pro concerto) e blusa de frio. O calçado foi sapatilha mesmo - já q eu estava mais pedalando do q qualquer coisa.

Se eu estivesse com uns porta-trecos um pouquinho maiores dava pra encaixar uma toalha e chinelo (na verdade esse é o tipo da coisa q podia ir amarrada no bambu). Já calça e blusa de frio realmente fica difícill, preciso adquirir versões leves e pouco volumosas desse tipo de vestimenta. Aceito sugestões!

Pensando bem, qndo eu adquirir alforjes q sirvam direitinho embaixo do banco (ararauna e probike dianteiros acho q vão servir), dá pra continuar com esses dois porta trecos menores - é bom pq complementa.

xamã escreveu:

e o cara da Specialized, no shooping...quanto tempo ele ficou longe da bike?
eu não ficaria tranquilo se tivesse que deixar a minha sozinha por 1 único minuto

Então, eu chamei atenção dele por ele ter largado o Garmin lá (esse garmin é mais caro q qualquer uma das minhas bikes!) e ele disse q esqueceu, mas achei pouco enfático, acho q ele deixou deliberadamente, mesmo, o q não é indicado.

xamã escreveu:

parabéns pelo passeio, ninocoutinho!
abraços.

Gracias! Abração!!

PS, detalhe q esqueci de comentar: nessa viagem, mais gente experimentou a bike. Acho q agora já beira uns 20 que testaram. Acreditem, os q se dão melhor tentando pedalá-la são os que NÃO são ciclistas e, especialmente, os músicos A estatística está bem científica, não-tendenciosa!

ninocoutinho escreveu:

PS...mais gente experimentou a bike...uns 20 que testaram. Acreditem, os q se dão melhor tentando pedalá-la são os que NÃO são ciclistas e, especialmente, os músicos A estatística está bem científica, não-tendenciosa!

sei.

Incrível!!! Sem palavras...

DEMAIS!!!!!!!!

Muito legal!

Eu fico impressionado com a tua capacidade de sair com pouca coisa, eu só para dar uma voltinha de menos de 10km, já saio com um alforge com pelo menos uns e 3kg, com ferramentas, câmaras, reservas, roupas etc. Preciso me libertar mais!

Olavo escreveu:

Eu fico impressionado com a tua capacidade de sair com pouca coisa, eu só para dar uma voltinha de menos de 10km, já saio com um alforge com pelo menos uns e 3kg, com ferramentas, câmaras, reservas, roupas etc. Preciso me libertar mais!

Pois é, mas eu acho q acabo levando essas coisas tudo, tb, e muito mais! Principalmente comida, docinhos, água... Tb preciso me libertar, eu acho q o Klaus é q leva pouquíssima coisa (parece q em audax ele só leva UMA câmara aro 26, mesmo usando a roda 20 na frente, pois ele diz q numa emergência dá pra botar a câmara de aro 26 no aro 20).

É q a Berimbosa tem altos lugares secretos pra levar as coisas! É a bolsinha de quadro, é o porta-trecão e os dois porta-trequinhos. Mas sinto falta de mais espaço, sim, ainda vou descolar um alforjezinho.

Eu fico louco mesmo é naqueles passeios q às vezes faço com os ciclistas de BH, todos convencionais. Eles não levam nada!! Acho um absurdo uma bike não ter bagageiro; não consigo conceber um passeio de uns 50 km sem um parzinho de alforjes!!

Abraço!

Olavo,
sobre o que levar, lembrei deste passeio que fiz em dez/2009, totaliznado 170km, de MTB:


esta foto tirada no 'objetivo', que era o Rio Cachoeirão...observe tudo o que levei, num pedal de mais de 14h...
(acho que tinha 2 caramanholas, 2 câmaras, kitzinho de ferramentas, uma bomba e umas barrinhas, além de dinheiro...só!)

o tópico do passeio (recomendo )eu publiquei lá no pedal.com.br e vcs podem ver AQUI

abraços

ninocoutinho escreveu:

Tb preciso me libertar, eu acho q o Klaus é q leva pouquíssima coisa (parece q em audax ele só leva UMA câmara aro 26, mesmo usando a roda 20 na frente, pois ele diz q numa emergência dá pra botar a câmara de aro 26 no aro 20).

Dá mesmo? Isso eu não sabia!

Eu também tenho levado uma só câmara reserva. Quando fura, às vezes boto um remendo em vez de trocar. Demora um pouco mais (preciso esperar a cola secar), mas dá menos trabalho. Também é mais fácil identificar o que perfurou o pneu e remover o objeto, se ainda estiver lá.

Em tempo: Não em Audax! Nos próximos que participar, levarei algumas câmaras. Talvez até um pneu extra!

Mordaz escreveu:

ninocoutinho escreveu:

Tb preciso me libertar, eu acho q o Klaus é q leva pouquíssima coisa (parece q em audax ele só leva UMA câmara aro 26, mesmo usando a roda 20 na frente, pois ele diz q numa emergência dá pra botar a câmara de aro 26 no aro 20).

Dá mesmo? Isso eu não sabia!

Ele me explicou q tem q ir colocando a camara dobrando-a, como se estivesse desenhando uma nova circunferencia pra ela. Acho q eu nao daria conta!

Muito show, Nino!

Parabéns!

Essa "taquarinha" (Bambu, no meu tempo era Taquara) passa uma incrível ideia de leveza. Quanto pesa essa bike Nino?

Grande abraço!

Antigão.

Antigão escreveu:

Essa "taquarinha" (Bambu, no meu tempo era Taquara) passa uma incrível ideia de leveza. Quanto pesa essa bike Nino?

Passa impressão mesmo, e é. O doido do Klaus terminou sua última recli com mais ou menos 9,3 kg. Uma pluma!! A minha consta q pesava uns 12 kg e alguma coisa, toda montadinha, apenas sem o(s) porta-treco(s), sem bandeirinha, sem ciclo, e com o avanço de guidão antigo que talvez fosse mais leve.

Acho q não cheguei a comentar aqui, mas qualquer weight-weenie de plantão me diria pra tirar TODAS as abraçadeirinhas de nylon! Eu não consigo nem contar, mas com certeza são mais de 70 e, tlvz, mais de 80.

Ainda este ano, se minhas encomendas gringas chegarem, ela vai dar uma emagrecida só trocando pneus. Na troca do dianteiro, vai perder 520 gramas! Q é a diferença d peso do Marathon 20x1,75 pro Durano 20x1,10 (se eu comprar o dobrável, q é mais caro - esse eu ainda não comprei). Ops, a câmara de ar tb é diferente, pelas contas, 50 g mais leve. Ou seja, 570g a menos só de trocar pneu e câmara da frente! No de trás tlvz o ganho não seja tanto, mas não tenho noção do peso atual (kenda slick 26X1,5 - NUNCA encontrei no catálogo da kenda esse q vai só a 50 psi). Deve emagrecer pelo menos uns 300 ou 400g. Ou seja, previsão de subração de quase 1kg só trocando pneus.

Se eu encarasse todas as modificações sugeridas pelo Mordaz recentemente, iria reduzir bem. Fico pensando tb o quão mais leve seria o assento de carbono, em comparação ao de fibra de vidro.