- regis dewes escreveu:
- bom dia,tinha uma reclinada EXD,excelente.Mas fiquei entusiasmado por uma Slyway italiana.O problema e´que
pela posiçao do pescoço,tenho receio em ter dor cervical.Alguém teria algum parecer sobre este topico?
Tenho tres hernias lombares,que nao me preocupam ao pedalar uma reclinada.
oi Régis,
seja muito bem-vindo ao Reclifórum!
Antes de mais nada, vamos à tua dúvida.
Não tenho uma resposta tecnicamente abalizada, mas posso compartilhar minha experiência, que é a seguinte:
em 6 anos de pedal reclinado, depois de vários milhares de quilômetros,
e tendo pedalado várias reclinadas bem diferentes umas das outras, uma única vez senti dor desse tipo:
foi durante o brevet de 400 km de Santa Cruz do Sul, que tem um trecho belo mas duríssimo no trajeto de ida.
Contribuiu muito para o problema o fato que eu havia acabado de instalar um banco novo,
e não o havia testado suficientemente, mas, principalmente, havia um vazamento no amortecedor
que foi alterando sutilmente o ângulo do banco no decorrer da prova, deixando a bicicleta cada "mais reclinada".
Desde então venho considerando a hipótese de montar um apoio de cabeça (ou de nuca),
que teria serventia em situações extremas, e tbém se eu quiser experimentar,
propositalmente, com ângulos mais agudos, mais reclinados, mais esportivos.
Muita gente pergunta se não dói o pescoço. Sempre respondo que não,
porque a cabeça fica bem balanceada/equilibrada com seu próprio peso;
sempre me pareceu que a ação muscular requerida é mínima,
e somente necessária para estabilização, não para sustentação.
Mas naquele dia foi diferente.
Pelo que leio nos fóruns internacionais, muitos reclineiros randoneiros
que pedalam
high racers bastante aerodinâmicas (como é o caso da Slyway) não usam apoio de cabeça;
os que usam são os que preferem ângulos de banco realmente extremos,
algo claramente abaixo de 30º (medidos entre a linha do horizonte e a linha média do encosto do banco).
Algumas low racers e mesmo high racers permitem (ou mesmo requerem) ângulos por volta de 20º.
Aí pode chamar o cara de "deitado" mesmo, porque reclinado já não se aplica tão bem hehehe.
Uma bicicleta extrema como a Velokraft NoCom, p.ex., me parece quase que "impedalável" sem apoio de cabeça.
Como o Eloy falou, é importante que a bicicleta tenha ajuste de ângulo,
já que tu vais comprar sem experimentar (me parece).
Eu começaria num ângulo conservador, mais sentado, depois reclinaria mais, aos poucos.
Se acontecer de tu realmente gostares de pedalar bem deitado, não há problema;
existem vários apoios de cabeça no mercado internacional, e tbém não é difícil fazer um em casa!
Resumindo: eu não me preocuparia muito com isso.
abraço fraterno extensivo ao povo do pedal de Lajeado -
a cidade que organiza o brevet Audax Randonnée mais bonito que eu conheço!
a.
p.s.: se tiveres tempo, dá uma passada no tópico "Apresentações" e faz um perfil teu.
Seria legal; se não me engano tu tens bastante experiência com esporte em geral, não?
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