Hahaha, bem vindo ao mundo, Erick!!
Sabe, eu tenho achado até interessante ser o único reclineiro das minhas bandas. Não que eu não fosse gostar de ter amigos "como eu", pelo contrário, mas acho q é super possível interagir com os outros tipos de bikes ou bikers.
Aqui na minha cidade eu tenho treinado e pedalado sozinho, por enquanto, por um simples motivo: como a cidade é mega-montanhosa, percebo q boa parte dos q pedalam por aqui são mó OGROS, tipo os caras pedalam pra cacete, fazem umas trilhas fechadas, técnicas e tal, e quanto pegam o asfalto vão e voltam pra outra cidade rasgando. Eles fazem como diversão mas como treino também; bem, eu também tenho treinado, mas o meu não é nesse nível.
Há umas 3 semanas atrás, fui a uma cidade vizinha em pouco menos de duas horas; bem, os caras costumam ir em 50 minutos. De bike "speed". Mesmo q eu fizesse em bem menos tempo, fatalmente "agarraria" com o pedal dos caras. Assim, nessas horas não sou boa companhia pra eles, nem eles pra mim
. Aliás, nesse dia levei umas 4 horas pra voltar, não só pq é tudo morro acima pra voltar, como por causa de uma péssima regulagem do câmbio traseiro (mas agora acho q aprendi!). Os caras costumam voltar em pouco mais de uma hora. E pasmem, preferem voltar subindo do que ir descendo, pq não dá pra desenvolver muito a pedalada nos declives
Neste fim de semana fui a BH participar de um passeio com uma galera q ainda nem conhecia pessoalmente. Divulgaram esse passeio num fórum, e eu já estava há uns meses querendo participar de algum desses rolés q eles agitam por lá. Mas como estou a 2h de busão da capital, fica sempre complicado. Mas esse passeio seria no domingo, então foi perfeito. Saí daqui no sábado de manhã mesmo, dobrei a Explorer e embarquei no busão, e só remontei ela no domingo de manhã pra sair pra pedalar com os caras.
Foram 23 ciclistas, entre eles 4 mulheres e 1 reclineiro! Grupo bem heterogêneo, com gente q compete, uns bem iniciantes, um menino de 15 anos, vários senhores (inclusive o "padrinho" do passeio, q é quem vai na frente conduzindo o grupo). Minha quilometragem total foi de 63 km. Saí do centro de BH com parte do grupo, nos encontramos noutro ponto da cidade mais ao norte-nordeste, fomos até a Cidade Administrativa q é a nova sede do governo, de lá pra Santa Luzia (cidade histórica da região metropolitana), almoçamos e voltamos por outro caminho. Voltei pedalando com parte do pessoal até o centro, quando só então reclinei-me sozinho pelas ruas de BH. Depois q eu já tinha pegado os macetes de transitar por lá, foi tranquilo! Rumei até a rodoviária, desmontei a bike e embarquei novamente.
Nesse tipo de passeio eles deixam claro que o ritmo do pedal é sempre o ritmo do mais lento. Eu tinha um receio bem longínquo de que esse mais lento seria eu, mas não foi o caso! Definitivamente, acompanhei o ritmo dos caras numa boa. Fiz feio não. Foi muito interessante andar com muito mais gente em volta, reparando na pedalada de cada um, no rendimento, no cansaço. Eu sempre girando mais, geralmente bem mais! Encarei praticamente todas as subidas, só empurrei em duas: uma muito longa, chegando à igreja matriz de santa luzia, na qual várias pessoas foram desistindo pelo caminho e eu fui seguindo, mas a certo momento não aguentei. E uma na volta, dpois de pedalar quase 60 km, na qual também não fui o único a descer da bike.
A reclinada teve uma recepção e aceitação ótimas, tratada sempre com muita simpatia pelos demais ciclistas. E claro q foi a atração de todo o trajeto, então acrescento mais uma que poderia ir pro tópico "coisas q os reclineiros ouvem nas ruas":
Estávamos pedalando numa longa avenida, e ao passar por um ponto de ônibus, uma loirona (horrorosa) me grita, como provocação mas também com uma certa simpatia:
- será q com essa aí vc chega hoje?
No que eu prontamente respondi:
- chego e vc ainda pode vir junto, SUA LINDA!!!
huahsuhaudhdfahfas!!!!
Enfim, desvirtuei todo o tópico, mas só queria dizer q é bacana a reclinada ser vista como uma bike normal e integrar-se a grupos de toda sorte de ciclistas, como o Luiz Paulo Motta faz lá em BSB com seu HP3 no Pedal Noturno-DF, no qual tb circula um camarada de EXD. Eu, sempre q puder ir a outro passeio desse tipo, irei, mesmo com toda a mão de obra q é o manejo da bike no busão, rodoviária, casa dos amigos, etc.
Comigo parece q sempre é do jeito mais complicado: não tinha condições de eu ir no mesmo dia por causa do horário, então fui um dia antes e fiquei num amigo q mora num AP pequeno, a bike ficou dobrada no meio da sala; domingo cedo acordei pra remontar na garagem; infelizmente o elevador tb era pequeno, desses em q não caberiam uma EXD em pé, e dpois de montar tive q conduzí-la escada acima pois tinha me esquecido de pedir o controle da garagem, e não havia porteiro e todos estavam dormindo. A escada era pior q a da minha casa, em caracol e mega inclinada, com uns degraus esquisitos... Depois de subir um lance de escada (q pareciam 2!) até a entrada principal, ainda tinha q descer mais dois lances até a saída do prédio, e passar por dois portões estreitos, um de vidro e um de metal, ambos daqueles q fecham sozinho... Vixe, fazer isso tudo sem ajuda foi OSSO!!!! Duvido q o pessoal de MTB e speed passaram por um trampo desses!! É o preço que pagamos!!!!
Abraços a todos!!!