Pois é Nino, na parte da manhã a temperatura até que estava agradável, razão de ter puxado o ritmo para aproveitar as boas condições climáticas. Meu Garmin estava funcionando bem nos primeiros 110km, mas depois que coloquei ele no bolso para almoçar aquela macarronada da virada da prova comecei a brigar com o GPS. Não conseguia colocar a tela que marcava velocidade instantânea e média, só aparecia gráficos de altimetria e outras coisas, parei algumas vezes só para ajeitar isso e sem sucesso. Aliás se alguém tiver um Garmin 510, por favor me dê algumas dicas! Na volta foi um calor insuportável, vc sentia o bafo quente do asfalto e no deslocamento da bike o ar também era quente, como diria a Leonor, calor senegalês! Em algum momento senti o pneu murchando e parei para consertar, aproveitei para ver o barulho na roda dianteira que apareceu depois de cair em um buraco na estrada. O barulho provavelmente uma esfera do rolamento dianteiro quebrado e aro um pouco empenado. O pneu vi que estava com uma câmara de ar velha com remendos (usava a Racer Low para treinar, nunca tinha usado em uma prova de Audax) e claro com o calor , o remendo amoleceu e deixou vazar o ar. Troquei por uma nova câmara e segui viagem, agora mais lento e cansado, afinal 5 treinos que totalizavam pouco mais de 100km não é preparo suficiente para uma prova de Audax. Mas tudo bem minha meta agora era chegar até Guapimirim, e dependendo do meu estado físico e mental decidiria se continuaria. Chegando lá as 15:45 h vi a Léo e o Marcio Romano saindo para os últimos 50km, eu já sem água e desidratado fui logo chegando no PC a procura de água. Para minha surpresa não tinha mais nenhuma !!! Fui eu procurar por água em uma cidade pequena onde os poucos bares abertos apresentavam fartura de cerveja e pobreza em águas e isotônicos. Depois de andar uns 500 m achei um local que vendia água em embalagens de 1,5 litros e retornei ao PC de Guapimirim que ficava em uma praça. Quase chegando lá começa a chover forte, com vento e trovoadas, todos se apertando e tentando se proteger na tenda da organização da prova. Mas chuva com vento sabe como é, quem tá na periferia se ferra. Ali acabei decidindo que não valia a pena usar minhas últimas energias para brigar com a mãe natureza, aproveitei a chuva guardei a bicicleta e ao lado do carro fui tirando a roupa molhada e guardando em um saco plástico. Como estava de sunga (calção de banho) aproveitei e tomei um banho de chuva caprichado com direito a sabonete e tudo. As pessoas em um ponto de ônibus próximo só olhando a inusitada cena. Depois entrei no carro me sequei e esperei os vidros se embaçarem e troquei de roupa. Agora um pouco mais renovado procurei algo para comer .A chuva diminuiu e fui em direção a tenda da organização levando o carro que estava um pouco longe para facilitar as coisas para o Márcio que tinha vindo comigo de carona. O Cezar chega nesse momento e logo sai. Pouco tempo depois vejo o Roberto estacionando o carro próximo e aproveito para recolocar o carro em frente ao dele. Como tínhamos que esperar pelos reclineiros e ainda continuava chovendo , fui para o carro do Roberto e colocamos o papo em dia até a chegada da Léo e do Romano, o que demorou pouco mais de uma hora e meia. Na chegada histórias de dilúvios com cachoeiras e rios na pista da Rio - Teresópolis, mas essa parte é melhor a Léo ou o Marcio contarem.