resultados testes túnel de vento - Cruzbike Vendetta

Tô há dias esperando eles liberarem os resultados!



http://cruzbike.com/blog/2017/02/06/cruzbike-at-the-a2-wind-tunnel/

Visualizando uma situação hipotética de pedalar uma vendetta, eu ainda tenho dificuldade de aceitar o esquema encosto+apoio de cabeça... Talvez seja bom e eu seja cego para isso. O lance é q muitas das pequenas melhorias aerodinâmicas q eles tem feito, com acessórios, são associadas ou mesmo dependentes desse esquema. De qualquer forma, também é possível instalar bancos concha tradicionais, vários usuários já fizeram.

No artigo não colocaram as fotos do Larry Oslund. Talvez por causa das meias LINDAS. Mas ele tem um posicionamento diferente, usando outro tipo de guidão que vale ressaltar:

Talvez eles tenham razão em defender esse esquema encosto+apoio de cabeça. Ele parece permitir um ajuste semelhante ao do banco da Slyway.

Pena que não compararam guidões esquilo versus open cockpit.

Resultado vai ser fajuto, a maioria não anda deitado e com guidon baixo, deveriam ter feito com o modelo normal.

Ô Nino, esse aí da meia é o Larry Oslund?

Troquei umas idéias com ele nos comentários de um dos vídeos dele, sobre comprimento de pedivela. O cara usa 140 mm!

Mordaz escreveu:

Ô Nino, esse aí da meia é o Larry Oslund?  

Troquei umas idéias com ele nos comentários de um dos vídeos dele, sobre comprimento de pedivela.  O cara usa 140 mm!

É ele mesmo!

duram escreveu:

Resultado vai ser fajuto, a maioria não anda deitado e com guidon baixo, deveriam ter feito com o modelo normal.

Fajuto? Não sei o que é "modelo normal". Um teste de túnel de vento tem sua utilidade maior pra otimizar uma bike de "performance", digamos. E uma reclinada de performance vai ser deitada o máximo que a pessoa conseguir (no caso da Vendetta a angulação é praticamente fixa ), e com o guidão deixando os braços numa posição em que tenha o mínimo de arrasto.

Claro que também dá pra otimizar a aerodinâmica numa reclinada mais de passeio, também seria um teste interessante, mas a cruzbike tenta ao máximo trazer adeptos do ciclismo de estrada, de alto rendimento, pro ramo das reclinadas. Ela tem vários 'atrativos' pra fazer essa aproximação, como usar mesmo tipo de grupo de marchas (grupos road), rodas, pneus, freios e até mesmo guidão, além do aclamado uso dos membros superiores.

Testes em túnel de vento são caríssimos. Qual seria o objetivo de se testar um modelo não competitivo?

Mordaz escreveu:

Testes em túnel de vento são caríssimos.  Qual seria o objetivo de se testar um modelo não competitivo?

Relaxa... esse teste aí só pode ser fake... Um ser humano normal, não aguentaria a velocidade do ar dentro de um túnel de vento. Pra acontecer pouco, ficaria surdo...

edulpj escreveu:

Mordaz escreveu:

Testes em túnel de vento são caríssimos.  Qual seria o objetivo de se testar um modelo não competitivo?

Relaxa... esse teste aí só pode ser fake... Um ser humano normal, não aguentaria a velocidade do ar dentro de um túnel de vento. Pra acontecer pouco, ficaria surdo...

O teste realizado pela Cruzbike houve mesmo, não estou duvidando disso.

O que eu escrevi foi em resposta ao Duram, que sugeriu que a Cruzbike testasse, no túnel, um modelo mais "passeio".

A velocidade do ar nesses testes em túnel de vento (em se tratando de ciclismo, claro!) deve ser compatível com as velocidades normalmente atingidas pelas bicicletas.

Mordaz escreveu:

O teste realizado pela Cruzbike houve mesmo, não estou duvidando disso.  

O que eu escrevi foi em resposta ao Duram, que sugeriu que a Cruzbike testasse, no túnel, um modelo mais "passeio".

A velocidade do ar nesses testes em túnel de vento (em se tratando de ciclismo, claro!) deve ser compatível com as velocidades normalmente atingidas pelas bicicletas.

Então... Sabe aquele "macarrão" de fumaça que delineia a linha de fluxo de ar??? É a visualização de um vórtice que passa por ali. A memória não vai ajudar, mas em baixas velocidades, aquele "macarrão" não se forma. Em túneis de vento para baixas escalas, esse efeito é gerado com tunel de circuito fechado e com variação da pressão interna na câmara de ensaio.

Outra coisa... O maior inimigo aerodinâmico de um objeto irregular como uma bicicleta, é o ARRASTO. O arrasto, varia QUADRATICAMENTE em proporção da área frontal. Se a área frontal de um objeto DOBRA, o arrasto QUADRUPLICA... Numa reclinada, a área frontal varia muito pouco. A pior condição, seria um pedal pra cima e um pra baixo. Eles poderiam perfeitamente fazer o ensaio com uma bicicleta tripulada por um MANEQUIM HUMANOIDE de ensaio aerodinâmico ajustado com um pé pra cima e outro pra baixo...

Mais uma coisa... Na foto, o cara aparenta estar pedalando num daqueles stands onde a bicicleta fica estática e o cara pedala para ensaios de potência (dinamômetro de solo). Qual é a finalidade disso??? Não há diferença nenhuma num ensaio aerodinâmico com o cara pedalando ou não. Basta ajustar a situação de maior arrasto e fazer o ensaio.

Sinceramente??? Sobrou marketing e faltou profissionalismo dos caras...

edulpj escreveu:

Mais uma coisa... Na foto, o cara aparenta estar pedalando num daqueles stands onde a bicicleta fica estática e o cara pedala para ensaios de potência (dinamômetro de solo). Qual é a finalidade disso??? Não há diferença nenhuma num ensaio aerodinâmico com o cara pedalando ou não. Basta ajustar a situação de maior arrasto e fazer o ensaio.

Talvez tenham medido a capacidade de produção de potência, por parte do ciclista, em cada posição testada.  

Como nas bikes de TT, nas quais o ciclista produz menos potência em posições mais aerodinâmicas.  Numa situação assim, há que se determinar o quanto vale a pena sacrificar de potência em prol da aerodinâmica. Ou o contrário!

A Cruzbike faz marketing, sim, isso é verdade.  Mas, por outro lado, eles tem se saído bem em competições.  Surpreendentemente bem, até.

Achei um vídeo explicando mais ou menos como funciona um teste de túnel de vento em bikes (link já leva pra 4m27s):

https://youtu.be/qELQpHVpMOs?t=4m27s



Tem sim a parte de medir a capacidade do ciclista produzir potência em cada posição, mas tem sim a medição de arrasto aerodinâmico (como, não sei). Sobre o que o Edu falou sobre área frontal, obviamente está correto, mas a "saída" do ar, digamos assim, do ciclista e da bicicleta, das partes da bicicleta, dos acessórios, compõem um fator fundamental e de difícil - ou impossível - dedução de eficiência aerodinâmica. Tem coisa que "parece" aero, e não é, e vice-versa. No BROL já li vários exemplos do Robert Chung sobre esses pressupostos e quebras de expectativas ao testar de verdade - seja em testes assim ou naqueles medições bem loucas dele. O próprio artigo aí da cruzbike mostra alguns casos, e o vento meio de lado tb muda a história toda.

ninocoutinho escreveu:

Achei um vídeo explicando mais ou menos como funciona um teste de túnel de vento em bikes (link já leva pra 4m27s):

https://youtu.be/qELQpHVpMOs?t=4m27s

Interessante essa ideia de túnel de vento circular...

Mordaz escreveu:

ninocoutinho escreveu:

Achei um vídeo explicando mais ou menos como funciona um teste de túnel de vento em bikes (link já leva pra 4m27s):

https://youtu.be/qELQpHVpMOs?t=4m27s

Interessante essa ideia de túnel de vento circular...

Citei aí pra cima o túnel de recirculação... Geralmente é usado com modelos em escala. Nesses túneis, a pressão interna pode ser alterada, de forma a compensar as variações do coeficiente de Reynolds...