Bambunada modelo exportação

Acabo de ver no BROL um membro recém-chegado ao fórum comunicando que vai fazer uma cicloviagem com uma reclinada de bambú do nosso amigo Klaus.

Demorô!!

Panda Food foi ótimo hauhalhd!!

Eu sei q o Klaus não tem propriamente uma "produção" de bikes - ele faz uma recli pra alguém, mais, qndo ele justamente concorda com alguma parada, ou seja, qndo ele compra a sua ideia. Mas ainda assim acho impressionante que só agora tenha acontecido isso (um pedido das gringas), e q durante muito tempo, apenas eu, fora de POA, tinha uma bike dele. Recentemente o Marcelo do Rio parece ter recebido um quadro, mas ele nunca mais deu as caras por aqui.

Se a viagem desse cara tiver alguma visibilidade... as bamboobents vão dominar o mundo !

Lá no BROL a minha impressão é de q, por incrível que pareça, as reclis de bambu não causam grande espécie entre os membros do fórum. É um ou outro que comenta ou se interessa. Daquela vez q fizeram um vídeo do Klaus e tava rolando aquela votação e tal, o Artur postou lá o vídeo e lá mesmo se queixou de ninguém ter questionado sobre o detalhe que mais chamaria atenção à bike, q é o material.

A verdade é q, tanto reclinada "normal" como reclinada de bambu atrai muita atenção de todos e muita gente acha interessante, bonita, e tal, mas pouca gente se anima verdadeiramente a ter uma. Antes eu achava q podia ser só por desconhecimento, mas há tanto tempo ando aqui pela região - em determinadas épocas, quase todo dia - e nunca ninguém veio de fato conversar comigo interessado em ter uma, também. Eu acho q aqui pela net eu já 'estimulei' muita gente a se decidir por uma, pelos meus posts meio empolgados, mas acho q isso é sempre com pessoas q já estavam, de certa forma, nessa busca.

Engraçado q eu não acho q eu passo a impressão de que tenho "problemas" com a bicicleta. Não me lembro de alguém já ter me visto em alguma enrascada. A única vez foi qndo tive um furo na câmara e não consegui colocar o pneu pra dentro do aro, aí chamei um taxi; enquanto isso, sofri um pouco - mas seria algo q teria enfrentado numa bike convencional.

Acho até q as pessoas vêem a bike e percebem as situações, mas por ser tão diferente parece q elas têm dificuldade em raciocionar e processar a realidade (ou seja, q é uma bicicleta absolutamente comum, se vc pedala bem, vai pedalar bem com ela, se é lerdo, vai ser lerdo nela tb). Poxa, eu sempre estou andando rápido nas reclis, ultrapassando carros e pessoas, nos fins de semana pedalo nas estradas por dezenas e dezenas de km, todo mundo aqui sabe pq me vê nos lugares, e dpois vêem fotos, ainda assim tem uma pá de preconceitos!

Por mais de uma vez já me perguntaram se eu não uso o coroão ! Outro dia fui na bicicletaria pra encomendar uma sandália de ciclismo (tipo papete, mas com suporte pro taquinho do pedal de encaixe), e expliquei me queixando da sapatilha fechada estar esquentando muito nos rolés... tive q ouvir a argumentação do cara q me atendeu "ah, esquenta pq vc não pedala numa velocidade suficiente pra arejar os pés" Eles acham q eu pedalo igual um vô capenga!! Qndo ouço essas coisas fico tão queimado q não respondo nada! Pior q o rapaz q me falou isso pratica downhill, ou seja, nem pedalar, pedala!!!!

EDIT: nossa, perdoem o off-topic gigantesco

Acho que os gringos do BROL não demonstram muito interesse pelas reclinadas de bambu pela natureza artesanal de sua construção. E construção artesanal nem sempre tem todos os "detalhes" resolvidos (aqueles pequenos probleminhas que só se nota ao experimentar a bicicleta).

Para dar um exemplo, cito a fixação do banco ao bambu. Esse sistema de "abraçar" o bambu não é o ideal, pois como você mesmo já constatou, a braçadeira tende a se deslocar para uma seção mais estreita do bambu. Outro porém é a inclinação do banco ser fixa. (Não estou "criticando" as bikes do Klaus. Estou, no máximo, fazendo uma crítica construtiva.)

Uma outra possibilidade é os gringos não acharem que se trata de algo disponível comercialmente. Sendo assim, não há mesmo como querer comprar uma igual...

ninocoutinho escreveu:

Por mais de uma vez já me perguntaram se eu não uso o coroão !

Por que perguntam isso? Você nunca é avistado usando o coroão?

No meio competitivo, você precisa ter (e usar) o coroão para ser respeitado pelos seus pares. Quanto maior o coroão, mais "macho" é o cara!

Tanto que a pedivela dupla compacta (50-36 ou 50-34) é vista por esse pessoal como uma alternativa mais leve (e, portanto, "menos máscula") à tradicional 53-39, muito embora o conceito das compactas nada tenha a ver com isso. A idéia é substituir também o pinhão menor do cassete, de 12 para 11, e ter aproximadamente a mesma relação com peças mais leves.

Mordaz escreveu:

Uma outra possibilidade é os gringos não acharem que se trata de algo disponível comercialmente. Sendo assim, não há mesmo como querer comprar uma igual...

Pelo menos isso eu acho inteligente da parte deles. E olha q eles são a "referência" de sociedade do consumo. Nós vamos pra caminhos piores. Eu já me queixei aqui outras vezes, de que MUITA gente, qndo vê a Berimbosa, fica curiosa pra saber quanto custa, ou onde comprei (o q não significa q ela está querendo comprar). Puta pergunta estranha! Eu não acho muito diferente do q avistar um ciclista assim:



E perguntar pra ele qndo custa e onde comprou!!

Conheci um senhor bem idoso mesmo, nessa estadia em são gonçalo no último domingo, ele já teve um AVC e falava muito mal, se locomovendo muito lentamente. Ele avistou a bike e me perguntou "quem fez?". Acho um questionamento bem mais adequado, semelhante ao "foi você quem fez?". Também é melhor do que "mas tem uma barra de ferro aí dentro, né?"

Mordaz escreveu:

ninocoutinho escreveu:

Por mais de uma vez já me perguntaram se eu não uso o coroão !

Por que perguntam isso? Você nunca é avistado usando o coroão?

Duvido q é isso q eles percebam. É puro preconceito por eu não me encaixar em nenhum dos rótulos deles, de gente q pedala, afinal não sou nem espideiro, nem trilheiro, nem vivo de fazer manobras.

Qndo fui instalar na minha bike normal aquela pedivela deore xt antiga, q comprei dum cara aí do rio, ela estava (e ainda está) com os dentes do coroão muito gastos (muito mesmo), aí falaram q aquele lá ia ter q trocar, pq tava gasto demais pra corrente encaixar. Logo dpois, o cara se corrigiu "ah, mas acho q não tem problema, vc nem usa o coroão, né?"

Outra vez foi da primeira vez q levei a pedivela alivio encurtada pelo Arthur. Um ciclista presente me perguntou o porquê daquilo e, entre outras explicações, falei do lance do giro mais alto, e tal. Aí ele disse: "ué, se vc quer girar mais, coloca uma coroa menor aqui, pq vc não deve estar usando essa grande, né?"

Entre outros comentários q não recordo direito. Eu escrevo muito aqui, mas eu não me acho uma pessoa que FALA muito, e dificilmente tenho presença de espírito suficiente pra retrucar na hora. Prefiro "fazer o meu trabalho" e deixar a impressão pra bons entendedores. Não quero pedalar melhor do q ninguém, só acho muito estranho as pessoas "do meio" terem essa visão meio deturpada sobre meus pedais. Já quem NÃO é ciclista, aí sim costuma babar ovo e pagar o maior pau!! HUhauahuha aí sim fico me achando, e acho q as pedaladas longas E as pedaladas do dia-a-dia como locomoção, chamam muito mais atenção à nossa "causa" (do fomento à cultura de se usar a bicicleta pra variados fins) do que o ciclismo convencional, seja de estrada ou off-road. Aí eu penso q estou no caminho certo.

Ainda assim acho q trago alguma ideia nova pra ciclistas convencionais de cabeça mais fechada. Ainda espero chegar ao estacinoamento do supermercado e dar de cara com uma bike com alforjes ou com caixotão (de gente de classe "média", q poderia ter carro), ou cruzar com alguém nas estradas por aqui, pensando em algum tipo de cicloturismo q não seja a Estrada Real (e a única coisa com a qual esse povo consegue pensar, eles não sabem q eles podem simplesmente fazer um caminho qualquer, o q der na telha).

ninocoutinho escreveu:

Mordaz escreveu:

ninocoutinho escreveu:

Por mais de uma vez já me perguntaram se eu não uso o coroão !

Por que perguntam isso? Você nunca é avistado usando o coroão?

Duvido q é isso q eles percebam. É puro preconceito por eu não me encaixar em nenhum dos rótulos deles, de gente q pedala, afinal não sou nem espideiro, nem trilheiro, nem vivo de fazer manobras.

Talvez você esteja pedalando sorridente demais, aí dá idéia de que não está se esforçando!

Roberto,

Sobre a forma de prender o assento na bambuza, não seria viável homogeinizar a seção com uso da fibra de carbono, assim a abraçadeira não correria, pois não teria seção mais estreita. (só um pedacinho de uns 15cm ou menos).

Nino,

Ainda penso que possa ser interessante (pensamento "espigueiro") fazer treinos passando esse povo de speed... quem sabe, se eu conseguir uma reclinada rápida e conseguir voltar a forma física, tvz dê... Aí o Davilson vai ter que rebolar para aumentar a produção...rsss

Abraços,

Marcus Del Mastro escreveu:

Sobre a forma de prender o assento na bambuza, não seria viável homogeinizar a seção com uso da fibra de carbono, assim a abraçadeira não correria, pois não teria seção mais estreita. (só um pedacinho de uns 15cm ou menos).

Eu pensei em algo mais simples: prender ao bambu (com sisal ou carbono) uma peça À QUAL o banco seria fixado. Na base do banco ficariam umas cantoneiras de alumínio, como o sistema da Zöhrer. Ou como algo que fiz na minha EXD:

http://fotolog.terra.com.br/bentrider:42

Marcus Del Mastro escreveu:

Ainda penso que possa ser interessante (pensamento "espigueiro") fazer treinos passando esse povo de speed... quem sabe, se eu conseguir uma reclinada rápida e conseguir voltar a forma física, tvz dê... Aí o Davilson vai ter que rebolar para aumentar a produção...rsss

Isso é muito legal! Sempre que vejo alguém de speed, faço questão de ultrapassar! Com vento contra, então, é até maldade... E para ficar mais humilhante, temos que manter a aparência de "descansado". Nada de mostrar os dentes ou cerrar os olhos!

Claro que é só brincadeira! Por mais que a reclinada nos dê uma vantagem aerodinâmica considerável, adianta pouco se o "oponente" bota 400W nos pedais e eu mal chego nos 200W...

Mordaz escreveu:

Marcus Del Mastro escreveu:

Ainda penso que possa ser interessante (pensamento "espigueiro") fazer treinos passando esse povo de speed

Isso é muito legal! Sempre que vejo alguém de speed, faço questão de ultrapassar! Com vento contra, então, é até maldade... E para ficar mais humilhante, temos que manter a aparência de "descansado". Nada de mostrar os dentes ou cerrar os olhos!

Esse é o espírito ! Ontem mesmo ultrapassei dois mas, dpois, fui ultrapassado por três !! POrém, tenho explicações: fui reduzindo pra fazer uma conversão, e não percebi os inimigos se aproximando ! Continuei esperando pra converter, enquanto eles passaram reto num mini-pelote, sem nem dar tchau. Totalmente desleal!

Só pra continuar nesse off dos preconceitos... Tem um segurança aqui da faculdade q pedala. Ele tem me visto chegar vários dias por semana de Fox (só nesta semana, ontem e hoje; semana passada devo ter vindo duas ou três vezes). Há poucos minutos ele resolveu me perguntar, apontando pra bike:

"Vc já fez ciclismo nela?"

Errrrr...

é possível que bikes de bambu possa ser carreada para comunidades carentes como pretende a reportagem??!!


devido ás tecnologias e materiais envolvidos para a construção de bikes de bambu, em minha opinião para comunidades carentes ser considerado acessível, continua sendo o bom e conhecido aço carbono!!!!




negócio sustentável para comunidades carentes?!

leiam essa reportagem!!