Dificuldades em andar com minha reclinada.

Olá amigos.
Sou novo no forum e gostaria de saber a opinião dos reclineiros sobre o tema.
Estou a duas semanas tentando pedalar com a Fox 26.
Mal consigo me equilibrar nela sem contar o fato de que faço tres vezes mais força ao pedalar.
Com a minha bike normal eu nem sinto quando estou subindo um morro?
Isso é normal?
Qual a experiencia dos amigos no início com as reclinadas.
Estou sem motivação para continuar e pagando mico com esse negócio.
Um abraço a todos.

Que coisa!

Bem, não sei se seu problema de equilibrio é pedalando ou só pra arrancar. Pra iniciar o movimento, é bom estar numa relação "ótima": nem muito pesada, nem muito leve. Os dois extremos te farão desequilibrar - pelo menos nessa fase de adaptação. Quando vc fala q está fazendo três vezes mais força pra pedalar, me faz imaginar que vc está sempre com uma marcha mais pesada do que deveria.

Se a relação que vc usa na fox é a mesmíssima q vc usa na sua normal (mesma configuração coroas-catracas), vc pode perceber q em geral é melhor manter um giro mais alto numa relação mais leve, pra ter o mesmo rendimento. Bem, passei a achar isso mais fácil de fazer (não q fosse um problema) com pedal de encaixe, mas acredito q vc não vá querer usá-lo se ainda não está confiante com o equilíbrio.

Tem q ver o tipo de terreno em q está testando. A maior parte das vezes em que quase caí (continuo sem quedas!) foi em terrenos irregulares, muito sujos, com muitas imperfeições, independente de ser plano ou não, mas evitar subidas é bom enquanto não se pega o jeito. Mas não demorei tanto assim, não, no primeiro rolé já peguei vários morros acima sem drama.

Não sei como é onde vc mora, mas aqui na minha cidade, eu "discordo" de coroas 48-38-28 (pra aro 26), especialmente se for sem pedal de encaixe. Com o pedal vc ainda consegue potencializar muito sua força, mas sem pedal é um sofrimento à toa, ou vc força demais ou desiste. E a combinação de coroas assim com catracas 14-28, q é o mais normal ou mais barato de se ver, só piora. Vc fica sem ferramenta. Bem, isso é meu caso no relevo particular que me disponho ou sou obrigado a enfrentar. Se eu morasse na praia e quisesse só pedalar em orla tlvz tascasse até uma relação mais road.

Quanto a "pagar mico", a gente tem q ter mesmo bastante desprendimento pra ficar 'se conhecendo' em frente aos outros - expondo nossas limitações diante de uma coisa q ninguém nem sabe o que é (pra elas, talvez beiremos o ridículo). Esse é um dos precinhos que se paga. Só acho q os ganhos compensam, mas vai de cada um. Tenta arranjar um lugar em q se sinta o menos incômodo possível e liguei o "phoda-se". Bem, se estiver existindo diversão, nem precisa ligar o phoda-se.

Você não é o único...

Não sei qual é tipo de reclinada que está usando, mas também passo por isso. Principalmente quando a linha dos pedais está bem acima do alinhamento do banco, sinto maior dificuldade de manter o movimento. Portanto, uso relações mais leves na reclinada do que numa bicicleta comum. Também no início do movimento percebo maior dificuldade, sendo indispensável o uso das marchas.
Porém é preciso ressaltar que devido ao meu acidente no ano passado - fissura longitudinal da tíbia em setembro - tenho pedalado apenas por distãncias curtas em passeios à beira mar, sem pressa. A posição do pedalar na reclinada ai do avatar ainda força um pouco o local da lesão, e como não tive a paciência para seguir as recomendações médicas, acho que ainda vai demorar mais um tempo para tomar forma.
E creio ser esta a grande diferença: Necessidade de adaptação do ciclista com as características próprias da reclinada. Superada esta fase, não vai querer outra bicicleta para trajetos mais longos, principalmente no asfalto.
Para enfrentar o trânsito congestionado no pára-e-anda do centro da cidade, com as típicas baixas velocidades, continuo preferindo as mais convencionais.

Olá,
Naturalmente o tipo de reclinada reflete o tipo de pedalada, mas é certo que a posição de se pedalar uma reclinada excetuando-se as com pedal mais baixo que o banco 15cm, usam um grupo muscular diferente do que se utiliza normalmente em uma bike tradicional.
Um corredor a pé usa músculos bem mais parecidos aos necessários nas reclinadas que os ciclistas tradicionais.
Sempre recomendo aos meus clientes que compraram sua primeira reclinada , a pedalar durante os primeiros meses mais no plano que em subidas, evitando principalmente as subidas mais íngremes.
Assim como foi dito pelo Nino, recomenda-se um conjunto de marchas mais leve para obrigar o reclineiro a girar ( cadenciar ) mais o pedal do que empurrar( a posição é muito tentadora para se fazer isso)pois ao se empurrar se força mais os grupos não treinados de forma anaeróbia, criando a famosa sensação de queimação nos músculos da coxa e posterior câimbra.
Lembrando que a comparação entre uma bike tradicional e uma reclinada, deve ser feita com bikes de mesmo peso.

Na primeira (e única) vez que experimentei uma SWB com USS (uma Zöhrer Under Control antiga), senti alguma dificuldade, pois estava acostumado com a EXD. Talvez a menor distância entre eixos seja responsável por deixar a bike mais arisca, mas consegui andar com ela e no prazo de alguns minutos já estava me habituando.

Como você está tentando há duas semanas, pode haver algo de errado com a sua bike. Já verificou se a caixa de direção está agarrando?

catito

os caras que comentaram suas duvidas/reclamações são os "experts" no assunto. assim não tenho muito em que ajudar.
só pergunto: por acaso voce é de curitiba? é que o davilson havia comentado que mandaria uma fox pra cá. pergunto isso
pois se realmente estiver aqui (curitiba) talvez seja legal marcarmos de pagar mico unidos, hahaha. Já tenho me benificiado bastante
por ser diferente, mais alegria por onde passa do que outra coisa...mas é isso...se estiver em curitiba de um toque.

abraço a todos

ZÖHRER escreveu:

Olá,
Naturalmente o tipo de reclinada reflete o tipo de pedalada, mas é certo que a posição de se pedalar uma reclinada excetuando-se as com pedal mais baixo que o banco 15cm, usam um grupo muscular diferente do que se utiliza normalmente em uma bike tradicional.
Um corredor a pé usa músculos bem mais parecidos aos necessários nas reclinadas que os ciclistas tradicionais.
Sempre recomendo aos meus clientes que compraram sua primeira reclinada , a pedalar durante os primeiros meses mais no plano que em subidas, evitando principalmente as subidas mais íngremes.
Assim como foi dito pelo Nino, recomenda-se um conjunto de marchas mais leve para obrigar o reclineiro a girar ( cadenciar ) mais o pedal do que empurrar( a posição é muito tentadora para se fazer isso)pois ao se empurrar se força mais os grupos não treinados de forma anaeróbia, criando a famosa sensação de queimação nos músculos da coxa e posterior câimbra.
Lembrando que a comparação entre uma bike tradicional e uma reclinada, deve ser feita com bikes de mesmo peso.

Vou inaugurar minha participação no fórum já dando pitacos...rsss.
O que o Zohrer falou é perfeito, mas diira mais, verifique se vc não está com a regulagem errada na distância do assento e o pedivela. Pernas muito dobradas vai te fazer se esforçar demais e provavelmente vai ficar numa posição estranha para o equilíbrio (sem falar que pode danificar os joelhos).

Como disseram as SWB (Short Wheel Base - aquelas que têm o pedivela na frente da roda dianteira) são mais ariscas, algo que foi melhorado com as Low Racers, em que o ciclista fica mais próximo ao chão, com centro de gravidade mais baixo.

De qq forma, pense assim, eu recentemente mudei de bike (as duas tipo speed), onde o pedivela é 1cm mais largo de cada lado e o braço passou de 172,5 para 170mm. As duas primeiras semanas foram o caos, perdi velocidade, ganhei dores variadas, mas na 3ª semana o meu corpo se adaptou e bati o meu melhor tempo num percurso de 60km. (veja que foram alterações mínimas e a suas foram drásticas)

Dê tempo ao tempo e se ligue nos ajustes, principalmente a distância entre o banco e o movimento central.

Abraços, boa sorte e boas pedaladas

Olá Catito!

Vou contar a minha experiência pessoal com a Seriema (minha cria). Na primeira vez que tentei pedalá-la foi uma tremenda frustação, pois passei 18 meses planejando e 6 meses contruindo a danada. Falei para mim mesmo, que m.r.a, não acredito que esta coisa ficou tão ruim assim!
Daí aos poucos fui fazendo ajustes, modificando peças e me esforçando para APRENDER a andar de bicicleta novamente. Foi uma das melhores sensações que tive, pois revivi meus 5 anos de idade.

As dicas do Nino e do Zöhrer são bacanas e podem te ajudar muito. Não deixe de pedir a opinião do Davilson (criador da Fox 26), pois ele pode te ajudar muito, afinal é a satisfação do cliente.

Acima de tudo seja persistente! E as gozações que eu ouvia no início, agora se tornaram admiração, pois por onde passo as pessoas lançam olhares curiosos sobre a cria e o criador (maluco que anda com uma bicicleta de pau e reclinada em Maringá-PR).

Abraço e boa sorte!

Odair

Catito,

Anexe uma foto,... veio uma coisa bizarra em minha mente...

O garfo não estaria montado ao contrário? Assim o trail ficaria totalmente absurdo levando a bike a querer virar o tempo todo...

Sem poder testar a bike antes, eu teria ficado com medo de testar um fox 26. Eu preferi uma explorer S 26/26.

O priemiro dia comecei as primeiras voltas com muita dificuldade nas curvas, sempre em baixa velocidade. No segundo dia, já ficou bem melhor. Hoje, meu quinto dia, eu andei em ruas com pouco trânsito e em baixa velocidade tomando muito cuidado nos cruzamentos. Nas ciclovias depois foi super tranquilo, sófiquei com medo de crianças que são mais imprevisível e não daria para subir nas laterais da ciclovia que são altas (como subir numa calçada). Sua bike deve ser um pouco mais técnica do que a minha.

Nas curvas eu tive algumas dificuldades. Quando gira o guidão, o quadro se desloca um pouco para fora. Para ter o equilíbrio, eu acho que coloco o corpo um pouco para fora da curva. Eu comecei as fazer curvas sem pedalar, é bem mais fácil.

No início para equilibrar, eu preciso geralmente dar uns ajustes rápidos com o guidão.

Eu já pedalei tudo que foi que foi reclinada que tive oportunidade, vários estilos diferentes. A mais difícil até a gora foi uma estilo a CruzBike, imagino que uma com quadro articulado seja mais difícil, mas esta será difícil de ver aqui por PoA.

O Segredo para conseguir se equilibrar em todas elas é relaxar o corpo e segurar de leve o guidão. Só isso, mas pra muita gente isso é difícil tem que ficar se policiando.

Quando eu falo relaxar, é para largar o corpo com vontade no banco, deixando as costas bem encostadas no banco, as pessoas tem a tendência a tirar as costas do banco.

E na hora de arrancar tem que dar um impulso se o pedal não estiver na posição correta, normalmente coloca-se o pedal um pouco mais para trás, para quando empurrar a perna a bicicleta andar bem.

Olá amigos.
Quero agradecer pelo relato e ajuda de todos, peço desculpas pela demora em responder.
Estive atarefado e por varias vezes queria acessar o tópico mas sempre correndo sem tempo.
Estive lendo cada mensagem e neste feriado quero responder a cada um que se manifestou contribuindo para que eu possa entender e aprender mais sobre as reclinadas.
Confesso que estou impressionado com tantas manifestações dos amigos.
A propósito, sou de Panambi RS.
Hoje não saberia dizer com exatidão, mas já ocupamos o 3º lugar como polo metal mecânico no Rio Grande do Sul.
Apesar de ser uma cidade pequena uns 40.000 habitantes, exportamos muitas coisas para Europa Estados Unidos e aos nossos vizinhos do Brasil.
Este pequeno relato é para que os amigos conheçam um pouco o contexto em que estamos inseridos.
E quem se animar vir até aqui sera muito bem recebido.
O modelo que tenho no momento é a Fox 26
Um forte quebra costelas a todos.

e ai!!!!

já está dominando de tudo qto é jeito sua reclinada fox 26 suponho!!!

abraços

Olá, prof carlos henrique.
Gostei da pergunta.
Enfrentei dois fatores que me desanimaram, mas foram contornados.
Panambi tem uma topografia que desafia qualquer ciclista e desanima a maioria a começar a pedalar.
Tem morro pra mais de metro e morro que tu só consegue subir empurrando a bike.
80% empedrada piso irregular, cada pedra é um soco nas costas com a reclinada.
Troquei a Fox por outro modelo 26x26 com suspenção traseira e coloquei um garfo com curso de 120mm.
As trepidações foram eliminadas.
Mas ainda tenho dificuldade, não como antes, não tenho um lugar plano para treinar.
Pedalo tres vezes por semana com a bike tradicional + ou - 100 Km, sobe morro, desce morro.
Vou as cidades mais próximas, Ijui, Cruz Alta, Palmeira, Pejuçara etc...
Estive em Curitiba nas férias e pedalei nas ciclovias, tudo plano, da para pedalar uns 160 km sem esforço.
Não sei como postar fotos aqui vou dar uma pesquisada e posto a minha magrela.
Cria do Solyom.
Estou pensando em colocar o Guidom da Bless.
Bom, tenho que dormir.
Um forte abraço Professor.

Catito to ansioso pela chegada da minha reclinada cria do solyom também, tenho conhecidos ae por panambi, futuramente podemos marcar um pedal, depois de pronta minha explorer, minha primeira viagem com ela será de tupanciretã a cruz alta e estou agendando uma viagem a ivorá na serra perto de santa maria com outro companheiro de pedal saindo no sábado e voltando no domingo acampando aos pés do monte grappa

Espero me adaptar rápido ao estilo reclineiro e não encontrar dificuldades ao pedalar.

Abço a todos

pelo jeito moro numa região agraciada pela natureza!!

a topografia aqui é predominantemente plana, o que é um estímulo a mais para pedalar!!

araçatuba-sp é conhecida como a cidade das bicicletas e as reclinadas estão nascendo aqui comigo e olha que tem duas fábricas de bicicletas e nenhuma delas fabrica nenhum modelo reclinado!

a questão de pedalar em topografia acidentada é apenas técnica e de adaptação e o tempo para aperfeiçoar o rendimento, tem que insistir para desenvolver e apurar a técnica, a combinação das relações é um fator determinante para uma boa pedalada com velocidade aceitável.

eu tinha um grupo de pedal que se chamava qto mais pior melhor!!!!, durou mais de 10 anos, mas as coisas vão mudando, pessoas se casam, se separam, se mudam, mudam de profissão e até morrem, mas é assim mesmo!!

uma coisa que errei foi a não renovação do grupo, é algo que se deve fazer constantemente, única forma de manter um grupo ativo!!

pedro bortolini
é assim que se deve fazer, agendar as atividades e pau na máquina!!

araçatuba pode ter uma topografia predominantemente plana mas venta pra caramba!!!!!!

abraços

Olá Pedro_Bortolini.
Cara que legal
Aqui tem uma turma que gosta de pedalar, mas é tiro curto, 20 30 km no sábado ou domingo.
Eu faço uns trechos mais longos que variam de 60 a 100 km no máximo.
Mas pedalo religiosamente 3 vezes por semana.
Sou que nem carro 1.0, na descida vou com tudo no plano tranquilo, mas na subida devagar e sempre.
Tchê gostaria muito de pedalar com voces em algum momento.
Em 2010 estava de mala e cuia para ir a salta e de lá me bandiar pro chile, mas aí apareceu a gripe suina.
Eramos cinco ciclistas, que pena não deu.
Mas estou a procura de parceiros para uma empleitada destas.
Pedro quando vieres entra em contato.
Vai ser um prazer recebelos por aqui.
Um forte abraço amigo.

Grande prof Carlos

Citação :

a topografia aqui é predominantemente plana, o que é um estímulo a mais para pedalar!!

Pois é prof a região aqui é consideravelmente plana com coxilhas tipicas da região subidas leves uma e outra mais acentuada, e também por ter o privilegio de estar a 70 km da depressão central do estado com cidadezinhas de interior que vale mesmo a pena fazer uma viagem e aproveitar cachoeiras e comidas típicas e ouvir as pessoas ainda falando italiano entre outras.

Citação :

araçatuba-sp é conhecida como a cidade das bicicletas

Temos algo em comum, aqui na minha cidade tupanciretã já foi considerada a cidade das bicicletas da região central do estado, devido a ser uma das cidades mais planas desde sempre o povo aqui utilizou a bicicleta como meio de transporte mais diverso, para ir ao serviço ou mesmo como meio de trabalho para entregas, bicicleta do cachorro quente e os entregadores de leite (hoje escassos, mas há alguns anos atrás só se via as barra forte com litros de leite peranbulando cedinho da manhã entregando nas residencias)e ai vai o que a imainação do povo permitir carregar numa bike, mas bem aqui você não sai na rua sem ver um ciclista, mas deixando bem claro que o pessoal não tem convicção da segurança (ver alguém de capacete é um tanto que estranho e se bobiar fazem farra) resumindo quem visa o pedalar por aqui como esporte ou prática cicloturismo digamos que deixa eu ver somos uns 22 mil habitantes no meio urbano, 1..2..33 é infelizmente eu mais um amigo que estuda em são gabriel e mais uns dois no máximo que saem pedalar tiros curtos de 14 20 km mas não tenho contato com eles pois são os ciclistas de verão pedalam de janeiro a março bateu um frio as bike ficam pegando pó guardadas.
Prof forte abço


Catitoamaral

Futuramente se tivermos a oportunidade vamos pedalar, e com certeza se eu passar por panambi entro em contato pra conhecer a tua recli e pedalar nas "subidinhas" de panambi. abção

se houvesse uma política de uso das bicicletas, o trânsito como um todo seria dentro do ideal (pretendido), mas....

lugar muito bonito sua cidade, acabei de ver pelo google maps! http://maps.google.com.br/maps?hl=pt-BR&tab=wl


uma das entradas da minha cidade






abraços