Os holandeses conseguiram bater o recorde de Sam Wittingham - por uma margem bem pequenininha - contando com investimentos pesados (aparentemente), uma equipe grande, 2 atletas de ponta, e todo o apoio técnico de uma universidade. Sam conseguiu suas marcas pedalando uma máquina feita de maneira mais intuitiva (segundo me disse o Pedro Zöhrer) por um cara sem formação em engenharia (Georgiev, um artista/escultor!).
Outro fato a destacar foi o relativo fiasco do Graeme Obree (de quem sou fã, aliás), que havia projetado (delirado) a meta de 100 milhas por hora. Conseguiu o recorde de bicicleta de barriga que já foi muita coisa. Interpretando um pouco o fato: Obree passou a vida "transgredindo" as engessadíssimas normas da UCI (por quem foi sacaneado várias vezes). Parece que na hora em que ele foi finalmente para um meio "transgressor" por natureza, sua criatividade e conhecimento revelaram-se pequenos diante da experiência acumulada pelo pessoal "do ramo". Como conseqüência, não chegou nem perto do grupo de elite de VPHs. Eu poderia imaginar, entretanto, que se ele se juntasse a uma equipe de ponta - como atleta e não como projetista - a coisa poderia ser MUITO diferente!
Outra coisa: vários nomes novos surgindo e fazendo marcas impressionantes.
E as mulheres arrasando de novo.